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sábado, 6 de novembro de 2010

Não está pela metade.

E essa menina queria mesmo, ser do mundo.
Dizem as outras línguas que cedo, na hora errada.
Errada?
Não se pode dizer que a borboleta, a criança, ou qualquer outro ser ancioso que resolve ver o mundo mais cedo que o comum, está errado. Eles ainda não sabem que são anciosos, no entanto, não possuem culpa de nada, não podem ser julgados como errados.
No caso da menina, precipitado e imprevisto.
Costumo dizer que sentimentos não são domáveis. Eles vem e ponto. São maiores que a gente.
Era maior que ela, ué.
Ela fez.
Hoje ela fala, pra quem quiser ouvir, que é a mulher mais feliz do mundo.
Prestaram atenção na palavra mulher?
Segue muito mais o coração, que a razão. Mas quem um dia irá dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração?
Ela não esperou a infelicidade, após esboçar um mero sorriso, mostrar-lhe todos os dentes.
Fugiu.
Essa é a história, de uma lagarta prematura, que se transformou na borboleta mais feliz, decidida e dona de si, do mundo.

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